quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Governo de SP estuda trem de Jundiaí a Campinas

11/09/2012 - Bom dia Jundiaí

Após pressão de vários municípios da região, o governo estadual vai realizar um estudo para analisar a viabilidade de reativar o transportes ferroviário de passageiros entre Jundiaí e Campinas. O edital com a indicação do estudo foi publicado no ”Diário Oficial do Estado”, com assinatura em conjunto com a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

O trem não será expresso, como o governo já chegou a publicar recente estudo. Ou seja, de acordo com o  secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, caso o transporte ferroviário de passageiros seja retomado, terá paradas em Louveira, Vinhedo e Valinhos.

Por enquanto, o governo aceitou apenas estudar a possibilidade de retomar o transporte ferroviário entre Jundiaí e Campinas, depois de várias audiências públicas realizadas nos municípios vizinhos. Portanto, não há garantias para sua implementação.

Mas as esperanças cresceram após discurso do governador Geraldo Alckmin (PSDB) nesta segunda-feira, em Jundiaí, durante cerimônia para o lançamento do edital de licitação dos projetos básicos e executivos para implantação do Trem Expresso Jundiaí, que ligará o município a São Paulo em 25 minutos, sem paradas.

Após a publicação do edital, a CPTM prevê a abertura dos envelopes com as propostas em 60 dias. Com investimentos na casa dos R$ 150 milhões, a licitação será uma concorrência internacional e o vencedor terá o prazo de 24 meses para entregar os estudos.

A empresa a ser contratada desenvolverá todos os estudos de infraestrutura necessários para o empreendimento, considerando as variáveis ambientais e aspectos geotécnicos na elaboração dos projetos e possíveis adequações do traçado.

Segundo Alckmin, a linha terá 47 km de extensão. ”Da Água Branca até Perus vamos aproveitar a mesma faixa ferroviária. Mas a partir daí será construída uma linha totalmente diferente do trajeto de hoje”, explica.

Além disso, o traçado terá 20 km destinados para túneis e em alguns trechos serão construídos viadutos.  “Esse trem vai passar por cima do rio Tietê”, afirma Jurandir Fernandes.

O objetivo do governo do Estado e da CPTM é de que as obras comecem em 2014 e que o novo serviço entre em operação entre 2016 e 2017.

A licitação também contempla a elaboração dos projetos básicos para construção de uma nova estação em Jundiaí. Será elaborado um novo pátio de manutenção e estacionamento dos trens.

A demanda inicial da linha está estimada em cerca de 20 mil passageiros por dia. O serviço deverá ser implantado e operado por uma concessionária privada, por meio de PPP (Parceria Público-Privada) com investimento estimado em R$ 3,2 bilhões. Segundo o secretário, estima-se que o preço da passagem seja 10% superior à rodoviária, hoje a R$ 12,10.

Estações também serão reformadas

Oito estações da linha 7 da CPTM passarão por modernização ou reconstrução, inclusive a de Jundiaí, tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) e passará por restauração.

Todas as estações serão adequadas ao novo volume de usuários e vão dispor de escadas rolantes e itens de acessibilidade, como elevadores, piso táteis, comunicação em Braille e adequação de corrimãos.

Serão investidos cerca de R$ 30 milhões nos estudos e R$ 675 milhões para obras. A previsão é que em 2013 os projetos básicos e executivos sejam concluídos. Na sequência será publicado o edital de contratação de obras com projeção de entrega entre 2014 e 2015.

Atualmente as estações de Franco da Rocha e Francisco Morato já estão em reformas.  Segundo Geraldo Alckmin, a linha recebeu oito novos trens e 12 passaram por reformas. O governo do Estado também vai comprar 65 trens compostos por oito carros contínuos cada, ou seja, dá para andar por entre eles.

Para o prefeito de Jundiaí, Miguel Haddad (PSDB), o investimento em modernização na malha ferroviária é fundamental. “Assim vamos conseguir desafogar o trânsito intenso nas rodovias Anhanguera e Bandeirantes”, acredita.

Um comentário:

  1. Proposta de implantação em São Paulo de trens expressos urbanos com composições pendulares de dois andares (double decker) para locais de alta demanda:

    São Paulo Campinas
    -7 estações (São Paulo, Francisco Morato, Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos e Campinas).
    ~35 mil pass/dia (2014)

    São Paulo Cumbica (Linha 13 Jade)
    -n estações (São Paulo, aeroporto de Cumbica).
    ~80 mil pass/dia (2014)

    * Expresso Noroeste (Linha 7 Rubi)
    -5 estações (Francisco Morato, Franco da Rocha, Caieiras, Lapa, Água Branca).
    ~183 mil pass/dia (2014)

    Expresso Oeste Sul (Linha 8 Diamante)
    -4 +2 estações (Barueri, Carapicuíba, Osasco e Pinheiros), com previsão de prolongamento até Tamboré e Alphaville.
    ~216 + 44 mil pass/dia (2014)

    * Expresso Sudeste (Linha 10 Turquesa)
    -6 estações (Luz, Brás, Tamanduateí, São Caetano, Santo André e Mauá).
    ~416 mil pass/dia (2014)
    Espero que os burocratas não cometam a mesma insensatez que ocorreram com as linhas 4-Amarela, e 5-Lilás entre outras, nas quais foram especificadas bitolas e alimentações elétricas divergentes das existentes, assim ficariam bloqueadas as integrações em “Y” como esta por ocorrer nas integrações da estação Chácara Klabin das linhas 5-Lilás com a 2-Verde entre outras, nas quais os usuários tem que obrigatoriamente fazer transbordo nestas estações se desejarem prosseguir viagem.
    *Poderia se reunificar as linhas 7 e 10 entre Mauá e Francisco Morato, como eram antigamente.
    Eis os fatores que justificam a implantação trens de dois andares em algum desses trens expressos;
    - Para a altura da carruagem (h~=4,3m) o cabo de alimentação (catenária) de 3 kVcc x pantógrafo atende, podendo trafegar em linhas convencionais.
    - Poderá existir a necessidade de investimento na repotêncialização de algumas subestações, e a capacidade mínima requerida da via permanente é de 30 t/eixo (cargueiro), sendo recomendável a utilização de trilho TR-68, e dormentes de concreto.
    - Adequação e reforma dos trechos entre as estações Júlio Prestes e Água Branca com a construção da do Bom Retiro.
    - Fornecidos na largura de 3,15 m (padrão) e bitola 1,6 m, não existem necessidades de adaptações nas estações, mesmo sendo os pendulares, pois sua inclinação se dá somente no momento que trafega, (exceto se a estação for curvilínea), o que não recomendável nem para os convencionais.
    - Potência= ~ 3000 kW.
    - Atendimento de poucas estações (caso da linha 8).
    - Demanda pequena (no caso das linhas 7 e 8).
    - Existência de linha disponível ociosa entre Mauá e Brás (caso linha 10)
    - Trens de dois andares poderiam transportar 60 % mais passageiros, além da quantidade de composições poderem ser ajustadas em conformidade com a demanda (horários de pico).
    - O nº máximo recomendável de passageiros por m² é de 6 pessoas, (e não 8 conforme indica o Metrô e a CPTM).
    - No mínimo 4 portas por lado semelhantes aos trens suburbanos, sendo que as duas centrais serem bloqueadas para longos percursos.
    - Acesso a cadeirantes e necessidades especiais só no 1º piso, (Incluindo as do tipo piso rebaixado).

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