segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Trem regional já preocupa prefeitos

17/11/2014 - Jornal Todo Dia

O primeiro trecho ligará a Capital a Campinas, e o segundo, São Paulo a Sorocaba, São Roque, São José, Taubaté e Pindamonhangaba, passando por Jacareí.

Por João Conrado Kneipp

A instalação do Trem Intercidades, que ligará Americana a Santos passando por Campinas e São Paulo, já preocupa prefeituras da região. A passagem de um novo trilho por dentro dos municípios acende o sinal de alerta por causa da segurança dos pedestres e motoristas que cruzam a linha férrea e ao mesmo tempo intensifica a pressão para tirar obras de mobilidade urbana do papel.

A segurança na linha férrea vem sendo alvo de debates na região desde setembro de 2010, quando um trem arrastou um ônibus na passagem de nível da Rua Carioba, em Americana, e matou dez pessoas. Prefeitos chegaram a cogitar pedir a retirada dos trilhos da malha urbana, discussão que nunca prosperou.

A implantação do Trem Intercidades foi anunciada pelo governo estadual em 2012, mas desde então o cronograma foi seguidamente alterado. Inicialmente, o trem interligará dois dos principais eixos do Estado.

O primeiro trecho ligará a Capital a Campinas, e o segundo, São Paulo a Sorocaba, São Roque, São José, Taubaté e Pindamonhangaba, passando por Jacareí.

O primeiro trecho, segundo o governo estadual, deverá ser priorizado e passará por Americana, Nova Odessa, Sumaré, Hortolândia, Campinas e Indaiatuba. A previsão é iniciar as obras em 2015.

Esta semana, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) se reuniu com a presidente Dilma Rousseff (PT) para cobrar agilidade na liberação da faixa de domínio da linha férrea, atualmente usada pela empresa ALL (América Latina Logística), uma vez que o trilho do Intercidades passará ao lado da linha férrea já existente. A ALL também já iniciou a duplicação de suas linhas em Campinas. Portanto, há a possibilidade de, no futuro, três trilhos cortarem os municípios.

Velocidade
O projeto inicial prevê que a velocidade média do trem de passageiros será de 120 km/h, mas não determina qual a velocidade em trechos urbanos. Os principais riscos são os cruzamentos com vias urbanas, além das passagens clandestinas.

Prefeitos da região apostam em obras de transposição dos trilhos e mobilidade urbana para amenizar os riscos. Em Hortolândia, o prefeito Antônio Meira (PT) diz que estão nos planos um viaduto por cima dos trilhos ligando o Centro ao bairro São Francisco, orçado em R$ 30 milhões, e duas passarelas para pedestres que conectarão o Centro à Vila Real (ainda sem valor estimado) e Sumarezinho ao Santa Emília, esta última orçada em R$ 3 milhões.

"Vou ser linha dura e exigir como contrapartida do governo a construção destes viadutos e das passarelas para dar o mínimo de segurança aos moradores. Com a duplicação da ALL e esse novo Trem Intercidades a velocidade e frequência dos vagões vão aumentar muito", adiantou Meira.

Ainda segundo o prefeito, um viaduto sobre os trilhos, no bairro Parque Pinheiros, foi concluído com recursos próprios e entregue no mês passado. A prefeitura também negocia a construção das mesmas obras com a ALL como uma contrapartida da duplicação. Em Nova Odessa, os três cruzamentos da linha férrea com vias urbanas não são em nível, mas a preocupação é com os pedestres que abrem passagens clandestinas para cruzar os trilhos. Segundo o prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza (PSDB), serão necessárias obras de cercamento com os novos trilhos.

"As passagens de pedestres precisarão ser revistas e serão feitas obras de cercamento ou muro para deixar bem claro que o risco de morte é grande", disse. Ainda segundo Bill, a prefeitura estuda criar passarelas para os pedestres. A prefeitura planeja parcerias com o Estado, mas não divulgou possíveis orçamentos.

O secretário de Transportes de Americana, Silvio Britto, se reservou a dizer que é necessário ver o projeto antes de qualquer projeção. As assessorias de imprensa das prefeituras de Sumaré, Campinas e Indaiatuba foram procuradas, mas não responderam aos questionamentos até o fechamento desta edição.

Fonte: Jornal Todo Dia

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

EFCJ aumenta demanda do trem de subúrbio em Pindamonhangaba

12/112014 - R3

O Trem de Subúrbio, operado pela Estrada de Ferro Campos do Jordão [EFCJ], em Pindamonhangaba, órgão ligado a Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo [STM], registrou uma demanda 52,55% maior nos dez primeiros meses de 2014 em relação ao mesmo período de 2013.

Entre janeiro e outubro do ano passado, o Trem de Subúrbio – que faz o trajeto de ida e volta do centro de Pindamonhangaba até o bairro Piracuama, na zona rural da cidade – transportou 22.584 usuários. No mesmo período em 2014, 34.452 pessoas utilizaram o serviço, que representa um aumento de demanda de 11.868 passageiros.

Além disso, 2014 também registrou duas vezes o recorde de demanda mensal do Trem de Subúrbio. A primeira foi no em janeiro, com 4.151 passageiros, e a segunda e atual, em outubro, com 4.251. A maior demanda, antes disso, havia sido registrada em dezembro de 2013, quando o serviço foi utilizado por 3.502 pessoas.

Esses números expressivos são explicados pelos investimentos que a Estrada de Ferro Campos do Jordão tem feito em relação ao Trem de Subúrbio. Desde o começo da atual gestão, em 2011, quatro novos horários de operação do trem já foram criados, totalizando agora dez horários/dia útil (confira todos os horários, trajetos e valores desse serviço na tabela abaixo). Houve também obras de zeladoria e manutenção de paradas e estações, além da troca de estofamento dos veículos que fazem o trajeto.

Fonte: Portal R3
Publicada em:: 12/11/2014

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Dois anos atrasado, trem até Cumbica só sai em 2016

04/11/2014 - O Estado de S. Paulo

Inicialmente prevista para 2014, a Linha 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que ligará São Paulo ao Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, só deve ser entregue em 2016.

O novo prazo foi anunciado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) nesta terça-feira, 4.

Outra linha da empresa que sofreu alterações no cronograma é a 9-Esmeralda, na sua extensão até Varginha, na zona sul da capital paulista. Isso faz com que ambas estejam dois anos atrasadas.

A administração tucana culpa uma suposta demora na remessa de recursos do governo federal para as duas obras.

Além disso, no caso da Linha 13, que será feita em elevado e conectará a Estação Engenheiro Goulart, na atual Linha 12-Safira, à região do Terminal 4 de Cumbica, o problema de contaminação no terreno do campus da USP Leste, por onde um trecho do ramal passará, contribuiu para a demora.

É o que disse também nesta terça-feira o presidente da CPTM, Mário Bandeira.

Sempre tínhamos trabalhado com 18 meses (para a conclusão da obra), após todas as interferências e as licenças ambientais concluídas. Passamos por várias áreas de interferência. Tivemos problemas ali com a USP Leste. Não é culpa é nossa e não vou dizer que a culpa é da USP Leste, mas, na realidade, aquela questão do embargo da USP acabou, de uma certa forma, gerando alguns reflexos no nosso projeto.

Ainda segundo o dirigente, na semana que vem ele irá a Brasília para tentar fazer avançar o projeto da transposição da Rodovia Presidente Dutra, na Agênica Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Nós temos interferências de travessia junto à(s Rodovias) Ayrton Senna e Dutra e temos que aprovar isso junto às duas agências, a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) e a ANTT. Então, na realidade, 18 meses a gente conta quando nós tivermos todos os projetos e todas as aprovações concluídas. Alguns atrasos aconteceram por força disso.

Questionado se o prazo de 18 meses para a construção da Linha 13 já começou a ser contado, ele disse que sim.

Já contou, mas acontece que as obras não trabalham de uma forma concatenada.

Em setembro do ano passado, o governador Alckmin havia dito que as obras durariam 18 meses a partir daquela data, quando assinou a ordem de serviços para o início da construção.

Em 2012, o governo prometeu a Linha 13 para 2014.

Essas duas linhas, tanto a 13 quanto a 9, têm recursos do OGU (Orçamento Geral da União). Só que não chegaram até agora. Então, a nossa parte já acabou. Agora seria a parte federal, estamos esperando assinar nos próximos dias. Então Linha 13 a gente calcula 18 meses (até ficar pronta) e Linha 9, menos tempo, 14 meses, disse Alckmin nesta terça-feira.

De acordo com ele, a extensão da Linha 9 até Varginha, que acrescentará duas estações ao ramal, também deve ser entregue em 2016. O duro é você começar a obra, porque tem que fazer projeto, licenciamento ambiental, licitação, assinatura de contrato... Agora, está no ritmo que não termina mais. Então, 18 meses a nova linha para Cumbica e 14, 12, 15 meses, nessa faixa, o prolongamento até Varginha (na Linha 9).

Custos

No ano passado, a gestão Alckmin tinha prometido esse prolongamento de 4,5 km da linha até o fim de 2014.

A previsão do governo do estado é que 110 mil passageiros usem as Estações Mendes-Vila Natal e Varginha quando elas passarem a funcionar.

A obra custará R$ 633 milhões.

Por sua vez, a Linha 13-Jade, até Cumbica, terá 12 km e três estações: Engenheiro Goulart, Guarulhos-Cecap e Aeroporto.

A obra, que seguirá o eixo da Rodovia Hélio Smidt, custará R$ 2,1 bilhões. Ao todo, a expectativa é de 120 mil usuários por dia nesse ramal.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Intervalo de trens na Linha 9 da CPTM cairá para 3 minutos

04/11/2014 - O Estado de S. Paulo

Os intervalos dos trens em parte das Linhas 9-Esmeralda e 11-Coral (Expresso Leste) da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) devem diminuir. No caso da Linha 9, a empresa espera passar dos atuais quatro minutos no horário de pico para três minutos. A redução está prevista para começar no dia 15 de dezembro, informou nesta terça-feira, 4, o presidente da CPTM, Mário Bandeira. Na outra linha, diminuição dependerá da construção de um túnel e uma passarela na Estação da Luz, no centro.

Contudo, não será toda a Linha 9 que será beneficiada. Apenas o trecho entre as Estações Jurubatuba e Pinheiros ganhará a redução de tempo nas horas do rush. Isso acontecerá graças a entrega de novos trens para o ramal.

Jurubatuba-Pinheiros lá pelo dia 15 de dezembro vamos estar trabalhando com três minutos, disse Bandeira. E aqui (na Linha 11-Coral, Expresso Leste), na realidade dependemos não de trens ou sinalização, mas de adequar a Estação da Luz para que isso ocorra.

De acordo com ele, um túnel e uma passarela ainda precisam ser construídos na Estação da Luz, uma das pontas finais da Linha 11, para permitir que, nos horários de maior movimento, os trens que param lá possam ser esvaziados com mais rapidez. Com isso, o trem fica menos tempo parado na plataforma, e aí a gente consegue fazer três minutos ou três minutos e meio.

A passarela fará com que quem desembarca na Luz e tem como destino a Rua José Paulino não tenha mais que descer até o saguão subterrâneo para sair da estação.

Já o túnel é uma obra mais complexa, afirmou o dirigente. Ainda estamos discutindo com o Condephaat principalmente a passarela. Os projetos já estão concluídos e agora aprovaremos junto ao Condephaat, ao Iphan e ao Conpresp. Isso ocorrendo, vai para o processo licitatório. Não é uma simples e vamos fazê-la, principalmente o saguão, numa área complicada. Então, estamos discutindo qual vai ser o método construtivo. É um saguão curto, de 200 metros, mas numa região extremamente complicada, de vale, onde temos muito lençol freático.
Bandeira não deu prazo para a entrega das duas intervenções.