Oito estações da CPTM são tombadas

27/07/2010 Revista Ferroviária

Estação Caieiras da Linha 7-Rubi da CPTM. Fotos: Arquivo CPTM

Oito estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos agora são, oficialmente, patrimônio histórico de São Paulo. Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires, da Linha 10-Turquesa (Luz―Rio Grande da Serra); Caieiras, Jundiaí, Franco da Rocha, Perus, Jaraguá e Várzea Paulista, da Linha 7-Rubi (Luz―Jundiaí), foram tombadas pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).

A decisão do Colegiado do Conselho foi publicada no Diário Oficial do Estado, em 17 de julho. Com isso, a CPTM tem hoje 11 estações tombadas e ainda estão em plena operação (Luz, Brás e Júlio Prestes se tornaram patrimônio histórico nos anos 1970/80).

Além dessas oito estações, cujos prédios são da década de 1880, a antiga estação de Santos, popularmente conhecida como estação do Valongo e hoje pertencente à prefeitura local, também passou pelo processo de tombamento.

Remanescentes históricos

A CPTM herdou o patrimônio da antiga São Paulo Railway (SPR), a primeira ferrovia paulista, aberta em 1867, que impulsionou o desenvolvimento de São Paulo a partir da metade do século XIX, quando o café passou a ser o principal produto de exportação no Brasil e passou a ser escoado para o Porto de Santos pela ferrovia.

As estações tombadas estão entre as últimas estações que mantiveram a arquitetura original da segunda metade do século XIX, trazida pelos ingleses da SPR. “Quem quiser conhecer esse importante patrimônio ferroviário brasileiro é só pegar o trem da CPTM e descer em uma delas. Nosso patrimônio é de fácil acesso para quem quiser conhecê-las”, explica Ayrton Camargo, gerente de Projeto Funcional e Integração do Transporte da CPTM.

Embora esteja em pleno processo de modernização, a CPTM vem mantendo o compromisso de zelar pelo seu patrimônio histórico. Para isso, a Companhia trabalha para garantir as condições de uso dessas estações tombadas, por meio de manutenção periódica e sempre de acordo com as diretrizes dos órgãos de preservação. Além disso, as estações Luz e Brás, por exemplo, já passaram por restauro.

 Galeria de fotos das estações

Alstom vence chineses e espanhóis

28/07/2010 Revista Ferroviária

A Alstom venceu a licitação para fornecer nove trens para a Linha 11 – Coral (Luz – Estudantes) da CPTM. O resultado da avaliação e classificação final da concorrência internacional foi divulgado ontem (27) no site da CPTM. Os trens do tipo gangway (com passagem livre entre os carros) terão oito carros cada, com a mesma qualidade dos trens do Metrô, e circularão no trecho entre a Luz e Guaianazes.

A aquisição dos trens faz parte do projeto de modernização da Linha 11, um financiamento adicional ao projeto São Paulo Trens e Sinalizaçao, parcialmente financiado pelo Banco Mundial.

A Alstom apresentou o menor preço na concorrência e foi classificada em primeiro lugar, seguida pelo consórcio CoralTrem, composto pela CAF Brasil e CAF espanhola; e pelo consórcio Trends-CMC-CNRCRC, que tem como membros Trends, China National Machinery Import & Export Corporation (CMC) e Changchun Railway Vehicle. A decisão cabe recurso.

Segundo informações da Revista Ferroviária, a licitação foi iniciada em setembro de 2009, mas suspensa por conta de pedidos de mais informações apresentados por empresas fornecedoras dos equipamentos, e por recomendação da Comissão de Financiamentos Externos (COFIEX). Em 07 de janeiro deste ano o edital foi republicado; no final de fevereiro os consórcios apresentaram as propostas e agora foi publicada a classificação final.

Implantação de Trem Guarulhos corre risco com projeto de outro aeroporto

Francisco X Sampaio    16/06/2010 16:45 Guarulhos Web

Estado argumenta que há falta de estímulos para os empresários que pretendem explorar a linha expressa

A demora na implantação do Trem Guarulhos e do Expresso Aeroporto, aliada a uma possível construção de um aeroporto pela iniciativa privada, no município de Caieiras, distante 35 quilômetros da Capital, pode inviabilizar de vez a implantação da linha férrea expressa - que partiria da Capital com destino a Guarulhos.

O governo estadual atrela o inicio das obras a investimentos da União no Aeroporto Internacional de Guarulhos e a construção do terceiro terminal. Um dos argumentos utilizados pelo Estado é a falta de estímulos para os empresários que pretendem explorar a linha expressa. As obras civis representam o item principal na implantação deste empreendimento, incluindo 14 km de obras em superfície, 8,8 km de elevados e 5,5 km de subterrâneos incluindo o cruzamento da área central de São Paulo.

Miguel Nelson Choueri, coordenador municipal de Assuntos Aeroportuários, não acredita na possibilidade da construção de um aeroporto em Caierias. "A área cogitada, que é da empresa Melhoramentos, é muito acidentada e está em área de manancial, além disso, o custo de operações seria altíssimo". Segundo apurou o Guarulhos Hoje, duas grandes empreiteiras teriam se unido com o objetivo de construir um novo aeroporto na região metropolitana, caso o governo federal aceite passar à iniciativa privada a administração desse tipo de empreendimento.

Mitsubishi fornecerá equipamentos para linha 8

05/07/2010 - Business Wire

A Mitsubishi Electric Corporation (TOKYO:6503) anunciou hoje que recebeu um pedido no valor aproximado de quatro bilhões de ienes para equipamentos elétricos que serão usados em trens operados pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) do Brasil, ou Companhia de Trens Metropolitanos de São Paulo. O pedido foi recebido da Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles, S.A. (CAF), uma fabricante espanhola de trens. As entregas começarão em janeiro de 2011, antes da introdução de novos trens na linha 8 da CPTM em abril de 2011.

“A Mitsubishi Electric já entregou equipamentos elétricos para aproximadamente quatrocentos trens nas linhas 7, 9 e 12 da CPTM. Atendemos inúmeros pedidos de equipamentos elétricos de trens, não apenas no Japão, mas também em muitos outros países”.Como parte da iniciativa brasileira de atualizar ferrovias e outras infraestruturas públicas com foco na Copa do Mundo FIFA de 2014 e nas Olimpíadas de 2016, a CPTM está introduzindo novos trens na linha 8 para melhorar a qualidade do serviço e expandir a capacidade de transporte.

A CAF fabricará 36 trens de oito vagões e a Mitsubishi Electric fornecerá equipamentos elétricos para todos os 288 vagões desses trens. O equipamento incluirá motores de tração e sistemas de controle de propulsão com inversores de tecnologia de acionamento por frequência variável (VVVF) e ambos os componentes também funcionarão como sistemas de frenagem regenerativos que economizam energia.

“A Mitsubishi Electric já entregou equipamentos elétricos para aproximadamente quatrocentos trens nas linhas 7, 9 e 12 da CPTM. Atendemos inúmeros pedidos de equipamentos elétricos de trens, não apenas no Japão, mas também em muitos outros países”, disse Takaaki Kukita, gerente geral da divisão de marketing internacional de sistemas de utilidade pública da Mitsubishi Electric. “Assim como outros fabricantes de trens, a CAF selecionou a Mitsubishi Electric por sua ampla experiência, tecnologia e alta qualidade de produtos”.

A Mitsubishi Electric continua a fortalecer seu negócio global para equipamentos de sistemas de transporte ferroviário, com o objetivo de dobrar as atuais vendas internacionais anuais para 230 bilhões de ienes até o do ano fiscal terminando em março de 2016.

Unidade de equipamentos ferroviários elétricos da Mitsubishi Electric

Além da Itami Works e Nagasaki Works, as duas fábricas matrizes no Japão, a Mitsubishi Electric fabrica equipamentos ferroviários elétricos em diversos lugares do mundo para os mercados globais:

•Mitsubishi Electric Power Products, Inc. (Warrendale, Pensilvânia, EUA);

•Mitsubishi Electric de Mexico S.A. de C.V. (Tlalnepantla, Estado de México, México);

•Mitsubishi Electric Australia Pty. Ltd. (Rydalmere, Nova Gales do Sul, Austrália);

•Zhuzhou Shiling Transportation Equipment Company Limited (Zhuzhou, Província de Hunan, China).