quinta-feira, 10 de junho de 2010

Após um ano, Expresso desaponta mogianos


Imagine a situação: fora do horário de pico, trem lotado, chegando a Guaianazes e ali ter que descer para embarcar na frota antiga para seguir viagem. Após desembarcar, o sistema de audio informa que o trem que dará prosseguimento a viagem é justamente o que acaba de desembarcar. Essa cena pode ser comum agora e gerar confusão entre os usuários.
Como foi dito na postagem realizada por este no blog Vida Sobre Trilhos , o Expresso Leste foi o primeiro modelo de Metrô de superfície o qual a CPTM pretende alcançar ao final do plano de Expansão. Porém, em 2009, numa talvez impensada e inviável decisão, a CPTM decidiu que as composições da série 2000 deveriam fazer viagens programadas partindo da Luz até Estudantes e o caminho inverso, diariamente e nos finais de semana, adicionariam as 14 viagens programadas mais duas para cada um dos terminais da Linha 11 – Coral.
Após um ano dessa decisão, em matéria publicada em “O Diário” (leia aqui na íntegra), defensor dos trens de subúrbio e que foi um dos meios de comunicação a colocar em suas páginas o não ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT, o bonde moderno), nesta quinta denunciou que já não há uma programação fixa de horários definida, essa mesmo, conforme a CPTM, divulgada de forma errônea por uma assessora de imprensa, essa mesma pouco depois, foi demitida. Conforme funcionários respondem a usuários quando questionados a horários dos trens, a resposta é que ‘há novos horários, mas não divulgados pela companhia’.
Muito dessa imprecisão se deve ao fato de a frota não estar sempre completa (14 trens em horário de pico) e também, como disse o Editor-Chefe deste blog,ao vandalismo gerado pelos usuários, ao usar de forma errada os sistemas de emergência e segurança. Fora outros meios de depredação que levam composições a ficarem em suas oficinas por semanas, e, se caso não tiverem a peça a ser reposta com facilidade, em alguns casos, meses. Conforme um funcionário da CPTM que não quis se identificar disse: “Isso é um absurdo porque existe uma programação e a CPTM pode divulgar isso. Da forma como está, a empresa pode simplesmente colocar as 14 viagens seguidas uma da outra e permanecer seis horas sem mandar nenhum Expresso Leste para Mogi”.
E tudo isso, justificado realmente, pois quem define muito se vão ou não os trens é o Centro de Comando Operacional (CCO), baseado nos fatores frota disponível, horário e ocorrências que possam gerar atrasos na linha. Se esses fatores não estiverem negativos (número de trens inferior a demanda, intervalos maiores e ocorrências como descarrilamentos, suprimento de energia, acidentes, etc.), os trens podem ser mantidos sem maiores problemas. Mas, isso depende muito mais da própria companhia em se acertar ou acabar com as viagens, admitindo assim que não é possível manter um horário fixo com margem de erro nessas viagens ou realmente, criar a confusão descrita no começo dessa postagem quando houver viagens diretas.

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