segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Dilma libera R$ 3,2 bi para saneamento e metrô em SP

05/12/2014 - Valor Econômico

O governo federal assinou, ontem, parcerias com o governo de São Paulo para investimentos em saneamento e mobilidade urbana estimados em R$ 3,24 bilhões. Em meio à crise de abastecimento de água no Estado, um dos contratos assinados pela presidente Dilma Rousseff e pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), no Palácio do Planalto, prevê a ampliação do sistema de abastecimento de água São Lourenço para mais sete cidades da Grande São Paulo.

O governo federal participa, por meio da Caixa Econômica Federal, em uma parceria público-privada. A obra vai custar R$ 2,6 bilhões e deve ser entregue em meados de 2017. A Caixa entra com R$ 1,8 bilhão.

O sistema São Lourenço formará a oitava fonte de abastecimento de água, reforçando principalmente o Cantareira e o Guarapiranga, beneficiando diretamente sete municípios. O projeto contempla um conjunto de estações para captação e adução de água tratada, beneficiando 1,5 milhões de pessoas na zona oeste da Região Metropolitana de São Paulo.

O outro acordo é dirigido à expansão da linha 9 do metrô paulista, entre as estações Grajaú e Varginha, obra estimada em R$ 630 milhões, sendo que R$ 500 milhões são recursos federais.

Em reunião no início de novembro também no Palácio do Planalto, Dilma cobrou de Alckmin o detalhamento de propostas apresentadas pelo governador para solucionar a crise hídrica no Estado, orçadas em R$ 3,5 bilhões. O ministro das Cidades, Gilberto Occhi, presente ao ato, afirmou que os projetos apresentados pelo governador ainda estão sob análise.

Na ocasião, Alckmin apontou a necessidade de interligação dos reservatórios Atibainha e Jaguari; construção das barragens de Pedreira e Duas Pontes, sistema adutor regional para o PCJ, interligação do rio Pequeno com a represa Billings no reservatório de Rio Grande, construção da estação de produção de água de reuso para reforço do sistema Guarapiranga e outra para o sistema Baixo Cotia, a adutora emergencial Jaguari-Atibaia para reforço de captação de Campinas e a construção de 24 poços no do Aquífero Guarani.

No evento, Dilma falou do momento pós-eleição. "Essa cerimônia de hoje marca um momento importante. É fato que durante a campanha é natural divergir, criticar, disputar. Entretanto, depois de eleito, nós temos de respeitar as escolhas legítimas da população brasileira. Isso é algo extremamente necessário, essas relações republicanas e parceiras", disse.

Ela não deixou de fazer críticas ao governo do PSDB em São Paulo. "De fato, não é possível o Brasil ter uma situação ameaçando a capital do maior Estado do país e a maior cidade da América Latina". Alckmin também reforçou a necessidade de boa relação entre os entes federados, a despeito de partidos.

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