quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Após atraso de dois anos, CPTM entrega extensão de linha até dezembro

06/11/2013 - O Estado de São Paulo

Prolongamento da Linha 8-Diamante em Itapevi, na Grande São Paulo, deveria ter sido entregue em 2011; para justificar demora, secretário diz que 'choveu demais'

Caio do Valle

SÃO PAULO - Depois de dois anos de atraso, a reforma do trecho mais a oeste da Linha 8-Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), entre as Estações Itapevi e Amador Bueno, na Grande São Paulo, deve finalmente ser entregue até dezembro. É o que declarou na terça-feira, 5, o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. O dirigente garantiu que só faltam alguns detalhes para finalizar o processo antes da reabertura do tramo de 6,3 km e duas estações.

Linha 8-Diamante: obras começaram em 2010 - Werther Santana/Estadão
Linha 8-Diamante: obras começaram em 2010 - Werther Santana/Estadão
Werther Santana/Estadão

"Nós vamos entregar neste ano. Ali, agora, só estamos na fase de sinalização. Praticamente, toda a via permanente e a rede aérea estão prontas", disse Fernandes, que admitiu o atraso nas obras. Questionado sobre o que levou a CPTM a demorar bem mais tempo do que o previsto para terminar as intervenções no local, o dirigente fez uma brincadeira, sorrindo: "Choveu demais."

O trecho foi interrompido para a reforma em maio de 2010, ainda na gestão José Serra (PSDB). Naquela época, o governo do Estado divulgou que as obras tinham previsão de término em dezembro de 2011. O prazo não foi cumprido. Em abril do ano passado, a reportagem questionou o motivo da demora e recebeu a resposta de que "intervenções em rochas na lateral da via que demoraram mais do que o previsto". Na época, a CPTM havia definido uma nova data para a inauguração, dezembro de 2012, o que também não se concretizou.

Originalmente, o trecho funcionava como uma "extensão operacional" da CPTM, ou seja, um serviço paralelo ao do restante da Linha 8, que liga Itapevi ao centro da cidade de São Paulo. Por ali, circulavam dois trens de 1958 em grandes intervalos, em viagens gratuitas. Com a reforma, o governo "integrará" o trecho à linha. Os custos da reforma são de R$ 269 milhões.

A Estação Itapevi, atual ponto final da linha, passa por "uma pequena modificação" para receber os trens. O novo trecho terá ainda as Estações Santa Rita e Amador Bueno, ambas no município de Itapevi.

PPP. O governo do Estado anuncia nesta quarta-feira a homologação do consórcio vencedor da licitação da parceria público-privada (PPP) da Linha 6-Laranja do Metrô. O grupo foi o único interessado em construir e administrar por 25 anos o ramal de 15,9 km e 15 estações que ligará a Vila Brasilândia, na zona norte, à região central. A assinatura do contrato deve ocorrer após 45 dias, já que o consórcio precisará constituir uma Sociedade de Propósito Específico (SPE).

"Depois, nós vamos começar as desapropriações. O negócio é demorado. As desapropriações devem ir, para começar a abrir frentes de trabalho, até março ou abril. A obra física da linha você vai ver nessa época", disse o secretário Jurandir Fernandes. Ele também disse que o vencedor da licitação "talvez parta" para as próximas fases da Linha 6: a construção do tramo leste, entre a Estação São Joaquim e o bairro de Cidade Líder, na zona leste, e o norte, até o Centro de Convenções Bandeirantes, caso São Paulo vença a disputa pela Expo 2020.

O investimento total na Linha 6 está estimado em R$ 9,6 bilhões, incluindo as desapropriações, informou 

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